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Das coisas que nunca esqueci

Eu devia ter uns 13 ou 14 anos de idade, mas já tinha o tamanho que tenho hoje, ou seja: era um mangolão gordo adolescente, ao contrário do mangolão menos gordo de meia-idade que sou hoje, mas tergiverso. O que aconteceu foi: eu estava indo para casa, e no caminho para a parada de ônibus passei por uma pessoa sentada na calçada, embaixo de uma árvore. Por motivos que apenas posso especular, esta pessoa veio tirar satisfações comigo, me acusando de ter feito cara feia quando passei por ele. Sendo míope e fotofóbico em um dia ensolarado, eu provavelmente fiz uma cara feia quando olhei pra pessoa, mas não foi nada pessoal. Nenhuma das minhas desculpas e nem meus argumentos foram suficientes para apaziguar o ânimo belicoso do rapaz, que repetia que eu devia "virar homem" e "ir treinar na academia". Ele encerrou sua apresentação com dois argumentos muito convincentes: um soco no peito e uma cotovelada na boca. Diante de retórica tão contundente, não me restou alternativ...

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